Principais falhas e alarmes em Inversores de Frequência.




Principais falhas e alarmes em Inversores de Frequência.


Analisar falhas e alarmes em equipamentos é uma arte! É a essência do profissional de manutenção. É onde ele pode colocar todo seu conhecimento e principalmente, sua experiência para ajudar a equipe.


Quando lidamos com falhas em um inversores de frequência, é importante levar em consideração que um indicativo na tela (display) não necessariamente remete a uma falha no equipamento.


O que é importante

O primeiro passo para análise, é perceber que a anomalia encontrada pode ser a causa ou a consequência da falha. Por exemplo, um dano de curto-circuito no circuito de entrada do inversor é a consequência para um problema de sobretensão ou transiente na rede de alimentação e, fazer o reparo do inversor, não vai acabar com a origem do problema que pode se repetir posteriormente. Por isso, é muito importante identificar as causas e consequências.


O segundo passo é dividir o problema analisado em várias etapas para identificar o que foi danificado e se foi uma causa ou consequência. Em sistemas de acionamento, pode-se dividir em instalação elétrica, acionamento (que pode ser um inversor, um soft-starter ou até mesmo uma partida estrela-triângulo), cabos, motor e automação (são os componentes de controle e comando).


Certa vez, nossa Assistência Técnica em campo esteve diante de um inversor de frequência com falha de sobrecarga. Toda vez que o motor era acionado, a corrente atingia valores muito altos durante alguns segundos e desarmava por sobrecarga. O inversor foi checado e estava ok, foi realizado teste de isolamento na tampa de fechamento do motor que também estava ok. Por fim, foi verificado os cabos de ligação, onde foram encontrados divergências na migração da partida estrela-triângulo para o inversor, ou seja, estava faltando uma fase e por esse motivo, o inversor alarmava sobrecarga.


Este caso é muito interessante para perceber o quanto é importante entender uma falha, dividir os problemas, testá-los um a um até encontrar onde está o dano. E a partir daí, analisar para saber se esta é a causa ou consequência.

O primeiro de tudo

É muito importante ressaltar que qualquer análise de falhas em campo deve ser realizado por profissional qualificado, autorizado, com cursos apropriados quando aplicáveis (como NR-10, NR-35, etc) e que as ferramentas adequadas e bom senso sejam sempre utilizados na melhor maneira.

Tipos de anomalias

Alarme (warning). É um aviso de que algo não está correto, mas não necessariamente vai impedir de rodar o processo.

Falha (Fault). É um defeito relacionado a algum estado grave que bloqueia toda e qualquer ação do equipamento.

Dano. É uma condição percebida em inspeção, no ambiente ou na tentativa de energização que impede o funcionamento do inversor.

Os mais comuns

Inversor não liga

Mesmo sendo óbvio, na análise de falhas é importante checar tudo, mesmo que por uma segunda vez. Portanto, para este caso é importante verificar alguns pontos:

Se a alimentação está correta;
Se a alimentação do circuito de controle deve ser energizado externamente;
Se há sinais auditivos de que o relé de pré-carga está sendo fechado alguns segundos após a energização.
Se tudo isso foi realizado sem sucesso é bem provável que haja um dano no circuito de potência e que o drive precisa ser enviado para análise na AS3.

Motor não gira


Para o funcionamento do inversor são necessários dois ou três sinais dependendo do método de acionamento. Estes sinais podem ser:

Comando rodar, sentido de giro e velocidade;
Comando rodar junto com sentido de giro e velocidade.
Se o motor não está girando é bem provável que um desses sinais não esteja sendo enviado. Vale ressaltar que é importante verificar a configuração dos terminais, uma vez que esses sinais podem ser enviados via entrada digital, entrada analógica, display / IHM ou por comunicação (como Modbus RS485, por exemplo).


Sobrecorrente

Este alarme é bem comum. Para saber onde está o defeito é recomendado que o inversor seja preparado para partir em vazio, ou seja, sem motor conectado. Se a falha continuar, é bem provável que houve problema com o inversor e o mesmo deve ser enviado para Assistência Técnica da AS3.


Subtensão

A subtensão pode ocorrer por falta de fase na entrada ou porque a fonte de alimentação, um transformador, por exemplo, não está conseguindo fornecer potência suficiente para o inversor. Mesmo assim, se a alimentação estiver correta, pode ser verificado a tensão no barramento CC em escala de corrente contínua VDC 1000 no multímetro (MUITO CUIDADO!) e comparado com o parâmetro de medição do inversor na tela, se houver diferença muito grande entre os valores, é provável que o circuito de medição esteja danificado. Neste caso, é preciso enviar o inversor para Assistência Técnica da AS3.


Sobretensão

A falha de sobretensão é bem comum quando a rampa de desaceleração está muito baixa e o motor não consegue frear a carga em tempo suficiente. Também pode acontecer sobretensão quando se está utilizando resistor de frenagem que não está dimensionado corretamente.



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