Corrente Alternada Entenda como Funciona.





Corrente Alternada Entenda como Funciona.


Corrente Alternada x Corrente Contínua.


Por mais útil e fácil de entender que a CC seja, ela não é o único “tipo” de eletricidade em uso. A própria energia que chega em nossa residência chega pelo poste em corrente alternada (CA).


Certas fontes de eletricidade (mais notavelmente geradores eletro-mecânicos rotativos) naturalmente produzem tensões alternada em polaridade, invertendo em um certo intervalo de tempo os ciclos positivo e negativo.


Assim, na CA, tanto a tensão quanto a corrente se movimentam para frente e para trás invertendo constantemente os pólos positivos e negativos.







Enquanto o símbolo da bateria é usado como um símbolo genérico para qualquer fonte de tensão CC, o círculo com a linha ondulada no interior é o símbolo genérico para qualquer fonte de tensão de corrente alternada (CA).



Alguém poderia se perguntar por que deveria se preocupar com algo como CA. É verdade que, em alguns casos, a CA não tem vantagem prática sobre a CC. Exemplo disso é que em aplicações onde a eletricidade é usada para dissipar energia na forma de calor, a polaridade ou direção da corrente é irrelevante, desde que haja tensão e corrente suficientes para a carga produzir o calor desejado (dissipação de energia).




No entanto, com a corrente alternada é possível construir geradores elétricos, motores e sistemas de distribuição de energia que são muito mais eficientes que do que se fossem em corrente contínua, e assim encontramos a CA como sendo a forma de energia predominante em todo o mundo nas aplicações de alta potência.



Para explicar os detalhes do motivo pelo qual isso é acontece, vamos um pouco mais a fundo aos fundamentos da corrente alternada.




Alternadores em Corrente Alternada.


Se você construir uma máquina com um íma em forma de C onde a parte vermelha seja o polo Norte e a parte verde seja o polo Sul e colocar uma bobina de forma que ela gire em torno do campo magnético criado pelo íma, uma tensão CA será produzida através das extremidades da espira a medida que o eixo é girado, de acordo com a Lei de Indução Eletromagnética de Faraday. Este é o princípio básico de funcionamento de um gerador de corrente alternada, também conhecido como alternador: Figura abaixo.








Figura 2 – Operação de Alternador em Corrente Alternada.


Observe como a polaridade da tensão entre as bobinas de fio é invertida à medida que os pólos opostos do ímã giratório passam. Conectada a uma carga, a inversão da polaridade da tensão criará também uma inversão de corrente no circuito.



Quanto mais ráPIDo o eixo do alternador for girado, mais ráPIDo a tensão e a corrente vão ficar mudando de direção com uma determinada frequência. A energia que chega em nossa residência por exemplo possui uma frequência de 60 Hz e isso significa que em 1 segundo a espira realiza 60 voltas completas pelo campo magnético do íma.



Assim, a tensão e a corrente invertem o sentido 120 vezes (lembre-se que a cada 1/2 período acontece a inversão de polaridade).


Apesar dos geradores de corrente contínua trabalharem utilizando o mesmo princípio de indução eletromagnética do gerador de corrente alternada, sua construção não é tão simples quanto seria no CA.


Em um gerador de corrente contínua, a espira deve ser acoplada diretamente no no circuito da carga e as conexões elétricas são feitas a esta bobina através de “escovas” estacionárias de carbono que permitem fechar o contato entre a espira e a carga.
Tudo isso é necessário para que a polaridade da saída da espira apesar de se inverter, não seja “enxergada” pela carga, mantendo nesta uma polaridade positiva constante. Veja a Figura abaixo:







Figura 3 – Operação de Gerador em Corrente Contínua.


O gerador mostrado acima produzirá dois pulsos de tensão por rotação do eixo sendo que ambos os pulsos na mesma direção (polaridade). Para que um gerador de CC produza uma voltagem constante, em vez de breves pulsos de voltagem a cada 1/2 volta, existem vários conjuntos de bobinas que fazem contato intermitente com as escovas.


Assim, o diagrama mostrado na animação acima é um pouco mais simplificado do que o que você veria na vida real.


Os problemas envolvidos na utilização de escovas para proMOVer o contato elétrico com as espiras devem ser óbvios (geração de faíscas e calor), especialmente se o eixo do gerador estiver girando em alta velocidade.


Se a atmosfera ao redor da máquina contiver vapores inflamáveis ​​ou explosivos, os problemas dos contatos da escova que produzem faíscas são ainda maiores.


Por outro lado um gerador de corrente alternada (alternador) não exige utilização de escovas e comutadores e portanto, estão imunes a esses problemas enfrentados pelos geradores de corrente contínua.


Motores de Corrente Alternada (CA).

Os benefícios da corrente alternada sobre a corrente contínua no que diz respeito ao projeto do gerador também são refletidos nos motores elétricos. Enquanto os motores CC requerem o uso de escovas para fazer contato elétrico com bobinas móveis de fios, os motores CA não precisam disso.

De fato, os projetos de motores CA e CC são muito semelhantes aos seus homólogos geradores (idênticos para este artigo), sendo o motor ca dependente do campo magnético de reversão produzido pela corrente alternada através de suas bobinas de fio estacionárias para girar o ímã rotativo ao redor de seu eixo, e o motor de CC sendo dependente dos contatos da escova fazendo e interrompendo as conexões para reverter a corrente através da bobina rotativa a cada 1/2 rotação (180 graus).


Transformadores.


Agora sabemos que os geradores CA e os motores CA tendem a ser mais simples que os geradores CC e motores CC. Também não é difícil perceber que essa simplicidade se traduz em maior confiabilidade e menor custo de fabricação dos motores e geradores CA.



Mas para que serve a Corrente Alternada? Certamente deve haver mais do que detalhes de projeto de geradores e motores!


E realmnete há. Há um efeito de eletromagnetismo conhecido como indução mútua, em que duas ou mais bobinas de fio são colocadas de modo que o campo magnético variável criado por um induz uma voltagem no outro. Se tivermos duas bobinas mutuamente indutivas e energizarmos uma bobina com CA, criaremos uma tensão CA na outra bobina.



Quando usado como tal, este dispositivo é conhecido como um transformador: Figura abaixo.







Figura 4 – Transformador “transformando” tensão e corrente alternada.


O principal recurso de um transformador é a sua capacidade de aumentar ou diminuir a tensão de uma bobina alimentada para outra bobina sem alimentação. Em um transformador, a tensão CA induzida na bobina não alimentada (“secundária”) é igual à tensão CA na bobina alimentada (“primária”) multiplicada pela relação de espiras da bobina secundária dividido pelo número de espiras primárias da bobina.


EP/ES=N1/N2


Outra característica do transformador é que se a bobina secundária estiver energizando uma carga, a corrente através da bobina secundária é exatamente o oposto da corrente primária e seu valor será a corrente primária da bobina multiplicada pela relação de voltas primárias dividido pela relação de bobinas secundárias. Esta relação tem uma analogia mecânica muito próxima, usando torque e velocidade para representar tensão e corrente, respectivamente:


IP/IS=ES/EP


Analogia de engrenagens de multiplicação de velocidade com o transformador abaixador de tensão.


Se a relação do enrolamento estiver invertida de modo que a bobina primária tenha menos voltas que a bobina secundária, o transformador “eleva” a tensão do nível da fonte para um nível mais alto na carga: Figura abaixo









A capacidade do transformador de aumentar ou diminuir a tensão AC com facilidade dá ao CA uma vantagem inigualável por DC no domínio da distribuição de energia na figura abaixo. Ao transmitir energia elétrica por longas distâncias, é muito mais eficiente fazê-lo com tensões aumentadas e correntes escalonadas (fio de menor diâmetro com menos perdas de energia resistiva), então pise a voltagem de volta e a corrente de volta para indústria, negócios ou uso do consumidor.





A tecnologia de transformadores tornou prática a distribuição de energia elétrica de longo alcance. Sem a capacidade de aumentar e diminuir a tensão eficientemente, seria proibitivo o custo de construir sistemas de energia para qualquer uso que não fosse de curto alcance (dentro de algumas milhas no máximo).



Tão útil quanto os transformadores, eles só funcionam com CA, não DC. Como o fenômeno da indutância mútua depende da mudança dos campos magnéticos, e a corrente contínua (DC) só pode produzir campos magnéticos estáveis, os transformadores simplesmente não funcionarão com corrente contínua.



Naturalmente, a corrente contínua pode ser interrompida (pulsada) através do enrolamento primário de um transformador para criar um campo magnético variável (como é feito em sistemas de ignição automotivos para produzir energia de alta tensão de uma bateria DC de baixa tensão), mas DC pulsado não é tão diferente de AC. Talvez mais do que qualquer outro motivo, é por isso que a AC encontra uma aplicação tão ampla nos sistemas de energia.




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O que é Automação Industrial?




O que é Automação Industrial?


Objetivos da Automação Industrial.

O objetivo principal da automação industrial é criar mecanismos que sejam capazes de produzir o melhor produto com o menor custo. Alguns objetivos que devem ser buscados nos projetos de automação industrial são:


Melhorar a produtividade de uma empresa aumentando o número de itens produzidos por hora de forma a reduzir os custos de produção e aumentar a qualidade.


Melhorar as condições de trabalho das pessoas eliminando trabalhos perigosos e aumentado a segurança.


Realizar operações que seriam impossíveis de controlar intelectualmente ou manualmente.
Melhorar a disponibilidade de produtos de forma com que seja possível fornecer quantidades necessárias no momento certo.


Simplificar a operação e manutenção de modo que o operador não precise ter grande expertise ao manusear o processo de produção.


O Que é um Sistema Automatizado?



A automação industrial de um sistema é um procedimento mediante o qual as tarefas de produção que são realizadas por operadores humanos são transferidas a um conjunto de elementos tecnológicos levando-se em consideração possíveis eventualidades que possam ocorrer mantendo sempre a segurança e a qualidade.


Cada vez mais os segmentos de produção industrial, geração e distribuição de energia, transportes e muitos outros requerem um número crescente de novos sistemas e máquinas automatizadas.


Isto se deve ao aumento da produção, aos custos mais baixos de componentes de automação e máquinas, a qualidade e estabilidade de novos produtos e à necessidade de substituir trabalhos perigosos e monótonos dos operadores.


No passado, os sistemas automatizados eram sistemas fechados que controlavam individualmente cada processo de uma instalação, mas com o passar do tempo, estes sistemas passaram a ser abertos com capacidade de abranger mais processos de forma a otimizar o funcionamento de toda a planta.


Parte Operacional.


A parte operacional na automação industrial é uma parte do sistema que atua diretamente no processo e é um conjunto de elementos que fazem com que a máquina se mova e realize a operação desejada.


Estes elementos que formam a parte operacional são os dispositivos de acionamento e pré-acionamento como motores, cilindros, compressores de ares, válvulas, pistões e também dispositivos de detecção como sensor indutivo, sensor capacitivo, sensor de visão, sensor ultrassônico, etc.



Parte de Controle.


Já a parte de controle é a parte programável do sistema que geralmente é implementada com a ajuda do CLP (Controlador Lógico Programável). No passado, esta lógica era feita com relês eletromagnéticos, temporizadores, placas eletrônicas e módulos lógicos.


Atualmente, com o aumento do volume de dados e componentes eletrônicos, o mais comum é o emprego dos CLPs e computadores industriais para o controle de máquinas e processos.


O CLP é considerado o cérebro na automação industrial, pois ele é capaz de se comunicar com todos os componentes que compõem este sistema de forma a reconhecer as entradas, processar a lógica e atualizar as saídas a todo momento.


Sensores e Transdutores.


Assim como o ser humano necessita dos sentidos para perceber o que está acontecendo à sua volta, na automação industrial as máquinas precisam de sensores e transdutores para captarem as informações.


Além de captar variáveis, estes componentes devem ser capazes de distinguir a variação de certas magnitudes do sistema e o próprio estado físico de outros componentes.


Os dispositivos encarregados de converter as magnitudes físicas em elétricas são denominados transdutores. Vale lembrar aqui que a diferença entre sensor e transdutor é que o sensor detecta uma variação no meio e o transdutor converte a variação em magnitude elétrica.


Assim, podemos dizer que muitos sensores atualmente também são transdutores, mas nem todos os transdutores são sensores. Os transdutores podem ser classificados em função do tipo de sinal que transmitem:


Transdutores Binários: Com estes dispositivos é tudo ou nada. Ou ele está atuado ou não (1 ou 0). Alguns exemplos são: sensor indutivo, contator, sensor capacitivo, sensor fim de curso ou chaves de nível.


Transdutores Numéricos: Transmitem valores numéricos em forma de combinações binárias (Gray, BCD, etc).


Um exemplo é o encoder absoluto que faz a leitura da posição angular de um carro bobinador onde a medida que o encoder gira, ele gera uma combinação binária que representa a quantidade de giros que ele deu, podendo esta informação ser interpretada pelo CLP.


Transdutores Analógicos: Fornecem um sinal continuo proporcional ao valor da magnitude. Exemplos deste tipo são os transdutores de pressão, sensores de temperatura, sensor ultrassônico para medição de distância ou nível e Micrômetro Laser para medições de diâmetro.


Atuadores e Pre-Atuadores.


O atuador é o elemento final de controle que em resposta a um sinal de comando recebido, atua sobre a variação do elemento final do processo. Um atuador converte a energia conectada nele em uma automação útil para o ambiente industrial e eles podem ser classificados em elétricos, pneumáticos e hidráulicos.


Os atuadores elétricos são adequados para movimentos angulares e de rotação, com ou sem controle de velocidade. Estes dispositivos devem ser alimentados com energia elétrica para funcionar e alguns exemplos são os motores de corrente contínua, motores de indução e servo motores.


Os atuadores pneumáticos, por outro lado, são adequados para aplicações que demandam movimentos lineares curtos necessários por exemplo em operações de transferência, montagem de tampa, apertos, posicionamento de produtos em esteiras, etc. São chamados pneumáticos pois precisam ser alimentados com ar comprimido.


Já os atuadores hidráulicos são utilizados em sua grande maioria quando a força necessária é muito alta ou quando uma máquina em marcha lenta necessita de um controle preciso (mesmo assim, neste último caso, os atuadores hidráulicos tendem a ser substituídos por servo motores). São chamados hidráulicos por serem alimentados com fluido (óleo hidráulico).


Os atuadores mais utilizados na indústria são os cilindros e motores de corrente contínua ou alternada e são na maioria das vezes comandados por CLPs ou controladores.


Por exemplo, o CLP pode acionar uma válvula solenoide que libera o ar para fazer com que o cilindro pneumático seja acionado. Por outro lado, o CLP pode comandar um contator ou inversor de frequência de forma com que os motores sejam acionados. Mesmo com todas as ferramentas de controle, você ainda pode encontrar atuadores que são comandados diretamente pelo operador.


O termo pré atuador aplica-se nos casos onde é necessária uma amplificação do sinal de controle para que o atuador possa ser acionado. Nos dois exemplos que eu citei acima podemos identificar os pre atuadores como sendo a válvula solenoide, o contator e o inversor.


Sistema de Controle.


Como eu disse, os comandos dos sistemas automatizados sofreram uma revolução com o passar dos anos haja vista o desenvolvimento de novos processadores, dispositivos com alta capacidade de armazenamento e IHMs com recursos touch e acionamento remoto.


Primeiramente, vamos entender como tudo começou com as tecnologias cabeadas e módulos lógicos até evoluir para os CLPs e computadores.


Tecnologias Cabeadas.


Consiste em interconectar reles com os dispositivos de entrada e saída de maneira que a lógica possa ser criada com combinações em série ou paralelo dos elementos para que então seja criado o automatismo. Estes elementos podem ser reles, valvulas ou placas lógicas.


Esta foi a primeira solução adotada na automação industrial, mas com o passar do tempo foi sendo abandonada por apresentar inconvenientes como pouca flexibilidade para aceitar modificações ou adaptações futuras e também pelo fato de que este tipo de solução demandava grandes espaços para locação de painéis elétricos.


E você ainda pode imaginar o quanto estes sistemas eram caros e difícil de realizar manutenções. Pense no caso de uma falha, você ter que ficar checando a lógica rele por rele ou descobrir em qual válvula ou placa houve o problema.


Em uma automação industrial mais simples com baixo custo, no entanto, esta solução ainda pode ser viável. Mesmo assim deve-se analisar bem, pois atualmente um CLP custa o equivalente a 20 reles ou 8 válvulas e ainda tem a vantagem de você poder programar ele da forma como quiser, deixando a solução bem enxuta.


Os dispositivos que podem ser utilizados na tecnologia cabeada são:


Reles Eletromagnéticos.


Os relês eletromagnéticos de comutação possuem uma estrutura muito parecida com um contator em que todos os contatos são projetados para uma mesma corrente, que geralmente é baixa.


Módulos Lógicos Pneumáticos.


Baseiam-se na utilização de ar comprimido e de elementos como válvulas solenoides, detectores, cilindros, comandos por pressão e válvulas pilotadas. A principal vantagem deste método é que ele não é afetado por interferências eletromagnéticas.


Também temos aplicações em ambientes que precisam da automação industrial, mas o risco de explosão é alto. Imagine uma mina subterrânea que precisa de automação, mas que qualquer faísca poderia causar uma explosão.


Neste caso, tudo pode ser implementado com a tecnologia pneumática, eliminando o risco de acidente devido ao automatismo.


Por outro lado, lógicas implementadas com tecnologia pneumática necessitam de muito mais espaço, produzem ruídos no ambiente e demandam redes de ar comprimidos supridas por compressores de ares que obviamente necessitam de manutenção, pois o fornecimento de ar deve ser constante e seguir padrões de pressão e umidade.


Caso houver a necessidade de maior potência e precisão, a tecnologia pneumática é substituída pela hidráulica, devido ao fato do óleo ser um fluido incompressível.


Para você entender melhor o que eu estou falando, basta pegar uma seringa com ar, tampar a ponta dela e apertar. Mesmo sem o ar sair, você consegue deslocar o êmbolo devido ao ar se comprimir, o que não ocorre com o fluido hidráulico.


Assim, a tecnologia hidráulica fornece maior precisão e suporta aplicações com necessidade de forças muito maiores como as necessárias em prensas hidráulicas.


Tecnologia Estática Integrada.


São placas desenvolvidas para executar uma lógica específica. Assim, depois de serem projetadas, são implementadas em circuitos impressos e alocadas no sistema de automação industrial para realizar sua função.


Ainda é possível ver painéis com placas lógicas em algumas indústrias com equipamentos antigos, mas esta tecnologia está em desuso devido a evolução dos componentes de programação. Como ela se baseia no uso de circuitos integrados e de portas lógicas: TTL e CMOS podem apresentar alguns problemas como necessidades de diferentes níveis de tensão, serem suscetíveis a interferências eletromagnéticas e serem inflexíveis, pois os circuitos impressos não podem ser modificados depois de implementados.


Tecnologias Programadas.


O avanço dos microprocessadores nos últimos anos favoreceu fortemente a generalização das tecnologias programadas e a ampliação da automação e máquinas automatizadas. Os equipamentos atuais utilizados para este fim são:


Computadores.


Um computador, como parte do comando de uma automação industrial apresenta a vantagem de ser altamente flexível a modificações de processo e por outro lado por ter sido projetado especificamente para o ambiente industrial tem a desvantagem de ser frágil quando colocado na linha de produção.


Por este motivo foram desenvolvidos os computadores industriais com maior robustez e que suportam ambientes agressivos. A única desvantagem atualmente que algumas empresas observam para não empregar os computadores industriais no controle é que o seu emprego exige equipes com conhecimentos de TI, automação e processos.


No entanto, esta realidade está mudando raPIDamente com o conceito de industria 4.0 que tem em uma de suas premissas a fusão da tecnologia da automação (TA) com a tecnologia da informação (TI).


CLPs (Controladores Lógicos Programáveis).


Como eu falei antes, o CLP é considerado o cérebro da automação industrial por controlar os equipamentos e processos. Sua vantagem é que ele possui as características de um computador, mas a diferença de ter sido projetado especialmente para trabalhar em ambientes industriais dos mais limpos aos mais agressivos.


Outra vantagem que ele possui é que a programação é mais intuitiva com a utilização da lógica Ladder (lógica de programação que reproduz os diagramas elétricos em blocos lógicos e blocos de função).


Outra diferença com relação ao computador, é que o firmware (software interno) de um CLP é muito adaptado para a gestão de falhas e defeitos que podem ser avarias internas, falhas de energia ou falhas nas conexões dos cartões de forma a garantir a segurança das pessoas e instalações em caso de falhas.


O CLP também possui alta flexibilidade devido a possibilidade de expansões de entradas, saídas e comunicação que também pode ser realizada com diferentes dispositivos industriais. As principais vantagens dos CLPs são:


Flexibilidade e adaptação ao processo;
São hardwares padrões produzidos em grande escala;
Tamanho reduzido;
Controle estruturado e distribuído;
Comunicação com diferentes dispositivos;
Possuem ferramentas de simulação e depuração;
Fornecem a possibilidade de modificações on-line;
Fácil instalação e manutenção.


Elementos de Entrada de Ordens.


Na automação industrial, os elementos de entrada de ordem permitem que o operador ordene um comando ao sistema e podem ser classificados em 2 categorias:


Os Binários são a forma mais simples de dar o comando. Se o operador deseja acionar, ele pode apertar a botoeira e se deseja desligar, ele pode simplesmente apertar a botoeira novamente.


Além de botoeiras, podem ser utilizados interruptores e comutadores. Novamente, o binário é 1 ou 0.


Se o botão estiver apertado emitindo o sinal 1, quando estiver desapertado emitirá um sinal 0 para o sistema de controle.


Numéricos (ou alfanuméricos):


Enquanto os binários são sim ou não, os numéricos permitem a entrada de qualquer tipo de informação através de números ou letras Alguns exemplos são os potenciômetros e teclados numéricos.


Elementos de saída da informação.

Já os elementos de saída da informação na automação industrial são responsáveis pela comunicação do sistema de controle com o operador.


Em sua grande maioria são elementos visuais como sinalizadores e telas de IHMs e assim como os de entrada, também podem ser classificados nas categorias binárias e alfanuméricas.


Binários: Fornecem a informação de sim ou não, ligado ou desligado e alguns exemplos são os sinalizadores, alarmes ou sirenes;


Numéricos e alfanuméricos: Permitem a visualização de números e textos e são muito úteis para visualizar dados de processo como níveis, o que está ligado ou não, qual parte do processo não está com o desempenho adequado, etc.


Alguns exemplos são os displays de de LCD, monitores e IHMs, sendo que as IHMs permitem tanto a visualização quanto a entrada de informação.


Como podemos perceber, os sistemas de automação industrial são de fundamental importância em qualquer processo produtivo pois além de melhorar significativamente a produção, fornece um maior entendimento do negócio e do ambiente fabril, possibilitando a empresa analisar, monitorar e controlar suas etapas produtivas.


Atualmente é muito comum utilizar IHMs e sistemas SCADA que coletam as informações importantes de produção e faz o armazenamento em banco de dados para que elas possam ser analisadas por sistemas historiadores e ferramentas de BI (Business Inteligence).






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O que é Painel de Comando Elétrico?




O que é Painel de Comando Elétrico?


Um painel de comando é uma caixa ou quadro de metal que aloca todos os disjuntores, interruptores, temporizadores, reles, CLPs e dispositivos utilizados para o controle de um sistema elétrico.


Importante notar que enquanto que um painel elétrico pode ter a função tanto de distribuir a energia quanto de controlar um sistema, o painel de comando tem o objetivo de comandar ou realizar o controle do sistema.


O painéis de comando elétrico é projetado e utilizado ​​para controlar equipamentos mecânicos sendo que cada painel de comando é projetado para um arranjo específico de equipamentos podendo incluir dispositivos específicos que permitem que um operador controle um determinado equipamento.


Portanto, é correto dizer que os componentes do painel elétrico é que controlam cada equipamento instalado e ligado ao painel de comando. É difícil descrever todas as combinações possíveis que podem haver em um painel de comando porque diferentes processos e setores industriais na maioria das empresas são diferentes e por este motivo cada painel de comando possui um projeto único.


Caso você precise projetar um painel de comando, precisa começar por estudar o processo e a máquina (como vai operar, o que tem que estar ligado ou desligado e quando é importante e seguro operar o equipamento).


Comece com o básico e construa a partir daí um painel de comando que atenda as necessidades do processo. Abaixo podemos ver alguns dos dispositivos mais utilizados em um painel de comando.







Transformador: O transformador é utilizado em um painel de comando para converter uma tensão CA em outra tensão CA. Mais popularmente um transformador converte tensões de 440V ou 380V em 220V/110V. Podem ser usados ainda para converter 220V em 220V apenas funcionando como um isolador entre o circuito do painel de comando e a rede de energia.


CLP ou Controlador Lógico Programável: É considerado o cérebro do painel de comando. Ele é capaz de ler entradas e a partir disso executar lógicas e comandos para operar as saídas e com isto comandar dispositivos em campo.


fonte de alimentação CC ou fonte 24vcc: Assim como o transformador converte uma tensão CA em outra CA, a fonte de alimentação tem a função de converter a tensão CA (em 110V ou 220V) em 24Vcc (tensão e corrente contínua). Esta tensão é necessária para alimentar os CLPs e dispositivos de controle.


Usando 24 Vcc como tensão de controle, os fabricantes podem aumentar a confiabilidade e uma razão para isso é que uma fonte de alimentação opera com circuitos limitadores para proteção contra curtos-circuitos.


No caso de um curto, ela simplesmente desliga. Dessa forma, ela elimina a necessidade de fusíveis e perda de tempo necessário para substituí-los. Além disso, a tensão de 24 Vcc tem maior capacidade de condução, permitindo que os dispositivos de controle sobrevivam melhor às quedas de tensão.


switch industrial Ethernet: Assim como o Switch Ethernet que você provavelmente tem em sua casa, muitos painéis de controle possuem um switch industrial Ethernet para conexão de CLPs e IHMs em rede de sistemas de informação e software supervisório.


Disjuntor: O Disjuntor protege as cargas em caso de curto circuito ou sobrecargas elétricas.


Chave Seccionadora Geral: A chave seccionadora normalmente desconectará toda a energia elétrica do painel de comando. Geralmente, ela possui uma haste que conecta com uma manopla na porta do painel de comando conforme figura abaixo





-  Canaletas: As canaletas geralmente são alocadas no perímetro da placa de montagem do painel de comando e entre filas dos componentes elétricos e sua função e alojar os fios que interconectam os componentes elétricos.


- bornes: Os bornes são pontos de conexão de fios com a função de juntar 2 ou mais fios. Alguns bornes são para realizar conexões internas (Ex.: Conectar Tensão 24V aos reles) e outras são para conectar componentes de campo aos sistemas de controle (Ex.: Conectar sensores aos CLPs). Neste nosso exemplo, veja que na Figura somente fios azuis na parte de cima dos bornes estão conectados. Então podemos deduzir que estes bornes vão receber ligações de dispositivos de campo como sensores ou válvulas.


Placas de Conexão: Placas de Conexão são blocos de terminais específicos para serem usados ​​de forma a simplificar a fiação de componentes que possuem conectores que normalmente precisariam de soldagem.


Fusíveis: Os Fusíveis, assim como os disjuntores, protegem as cargas contra sobrecorrentes pois eles tem a função de romper o filamento interno quando submetido a uma corrente maior do que ele suporta. Por ele romper o filamento, uma vez atuado, não é possível reaproveitar este dispositivo, necessitando assim de uma substituição do mesmo. Isso não significa que os disjuntores sejam melhores por conta de serem rearmados quando desarmam ou atuam. Cada um tem uma função própria e seu devido lugar em um painel de comando.


rele: Um relé é um interruptor operado eletronicamente ou magneticamente. O seu funcionamento é simples. Uma energia é aplicada à bobina que cria um campo magnético que alterna os contatos do relé que por sua vez podem ser utilizados para comandar algum circuito.


Trilho DIN: – É um trilho de metal que permite a montagem da maioria dos componentes de controle industrial. Tem esse nome por ser o Deutsches Institut für Normung o responsável por publicar as especificações originais do mesmo.





Rele Térmico ou de Sobrecarga: Um rele térmico ou de sobrecarga protege as cargas, geralmente os motores elétricos para que os mesmos não trabalhem em sobrecorrente. Sabe-se que se um motor elétrico operar em sobrecarga, a corrente dele aumentará ocasionando maior aquecimento e risco de danificar o motor elétrico.


Assim, o rele térmico monitora as 3 fases que alimentam o motor e caso o motor elétrico comece a operar em sobrecarga, o rele atua fazendo com que o circuito de comando desligue o motor elétrico.


Contator: Um contator é o mesmo que um rele. No entanto, ele se diferencia do rele por possuir  tamanho maior, possuir 3 polos e ser aplicado no comando de motores elétricos.


Bornes de aterramento terminais: Um borne de aterramento é utilizado para aterrar os dispositivos do painel de comando sendo que este borne geralmente é aterrado internamente ao painel.


Você deve aprender a identificá-los pois é muito fácil. Eles possuem as cores verdes/amarela.





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