FONTE CHAVEADA: Melhor
opção para instalação?
Você projeta sistemas de automação
industrial com fonte chaveada?
Então este artigo é para você. Vamos
falar sobre escolha de fontes – pedra
fundamental em qualquer projeto de automação industrial –
e saber mais especificamente se o uso de fontes chaveadas (SMPS, switch mode
power supply) é a melhor escolha para seu projeto.
É importante contextualizar essa discussão, pois o
setor tecnológico evolui a cada segundo, e não se recomenda comprar ou adotar
tecnologia como se fosse um item de consumo diário. Quando você faz um projeto
e especifica um equipamento, precisa ter em conta o custo ao longo do ciclo de
vida.
No mercado dos componentes para automação
industrial, além das fontes chaveadas, temos as tradicionais fontes lineares
(LPS, linear power supply), mais antigas, e que ainda alimentam a maior parte
dos sistemas de automação vigente no país – se considerarmos que, no Brasil, a
idade média do parque industrial é de 20 anos (na Alemanha, é de apenas 7
anos).
Usar uma fonte
chaveada é a melhor opção para minha instalação?
A primeira resposta sobre escolha de fontes
chaveadas é SIM – se você pretende projetar um sistema de automação pronto para
o futuro, não existe outro caminho a não ser usar equipamentos mais modernos.
Vamos descrever um pouco mais sobre o que você
precisa considerar na escolha do tipo de fonte a utilizar.
Por que usar fontes chaveadas se as fontes lineares
são mais baratas e seus projetos são mais simples?
Para responder essa pergunta, que muitos
compradores ou tomadores de decisão fazem aos seus times de engenharia e
projetos, precisamos dividir uma visão estratégica para o setor.
A revolução digital na indústria – Indústria 4.0,
Internet das Coisas e outros jargões em moda – se resume ao avanço do software
sobre o mundo dos equipamentos industriais (o hardware em si). Vamos fazer uma
analogia:
§ No
século passado, o DNA de um equipamento industrial estava mais próximo do DNA
de uma batedeira – muito hardware, com o apoio de alguns sistemas
eletromecânicos.
§ Dos
anos 2000 em diante (um pouco antes ou depois, dependendo do país ou setor), o DNA
dos equipamentos industriais se aproxima dos smartphones – hardware mais leve e
eficiente, mas cercado de uma quantidade enorme de sensores e atuadores
digitais.
Se as fontes chaveadas são o padrão absoluto nos
computadores e dispositivos eletrônicos de última geração, faz sentido um
sistema de automação industrial ser alimentado como se fosse um
eletrodoméstico?
Mais lógica – e mais dados – demandam energia mais
eficiente para seu projeto de automação
Assim como nos carros mais modernos (os veículos Tesla
são enormes baterias sobre rodas!), a automação industrial de última geração
requer mais energia para atender à complexidade dos projetos – equipamentos
interconectados, sensores, leitores, atuadores, interfaces etc.
A demanda de energia dos sistemas de automação mais
modernos e complexos é amplamente compensada, entre outros fatores:
§ pela
redução do consumo nas operações industriais em si (o “hardware”);
§ na
redução dos desperdícios de energia em momentos de pouco valor agregado ao
processo e;
§ no
próprio diagnóstico e otimização constante do desempenho proporcionado pelos
sistemas mais inteligentes.
Fonte chaveada – mais potência,
estabilidade e eficiência para a automação industrial.
Se a automação industrial moderna – (leia-se,
pronta para a Indústria 4.0, com mais uso de software e de informação digital
para otimizar o desempenho dos equipamentos industriais) demanda mais energia,
isso significa que a energia de entrada precisa ser mais aproveitada.
Quanto maior a potência demandada por um sistema,
maior é a vantagem no uso da fonte chaveada, pois esta permite escalabilidade
maior, com menor peso e tamanho. E isso faz muita diferença! Como em qualquer
sistema digital, a parte lógica tende à miniaturização e as características
físicas dos sistemas de automação (peso, tamanho, portabilidade, acesso) não
podem ser uma limitação ao sistema industrial como um todo (vide o tamanho das
baterias).
A fonte chaveada possui alto nível de aproveitamento de energia – da
ordem de 80% a 90%! – em relação às fontes lineares, cuja eficiência varia
entre 30 e 60%. Resumindo, uma fonte de alimentação chaveada
bem especificada, converte energia de entrada com muito mais eficiência
e menor custo.
Em resumo: se as fontes chaveadas são ligeiramente mais caras do que as fontes lineares, esse custo é mitigado pelo tamanho, peso, quantidade de componentes e pela eficiência do sistema como um todo.
Dissipação de calor, interferência
eletromagnética e outros fatores.
As fontes lineares, com menor nível de eficiência, eliminam a potência dissipada na conversão através de calor,
o que vai demandar cuidados adicionais de refrigeração em seu sistema de
automação. Mais um ponto para a fonte chaveada, que não apresenta esse
problema.
Por outro lado, as fontes chaveadas, em seu
processo de operação, geram interferência eletromagnética (EMI), o que pode
interferir no funcionamento de outros mecanismos, em especial os componentes
analógicos – sensores, medidores – presentes em um sistema. Esse problema,
entretanto, é mitigado no projeto das fontes, através de blindagens metálicas,
de outras técnicas de aterramento, blindagem e layout do próprio painel. O que
torna importante utilizar sua fonte chaveada de um fabricante reconhecido e com
qualidade.
Proteção contra falhas
Mais um ponto a favor do uso da fonte
chaveada: os sistemas modernos de automação, como discutimos aqui neste artigo,
possuem muito mais operações lógicas em relação à operação física do
equipamento em si. Isso aumenta o risco de interrupção parcial ou total de um processo
industrial por conta de instabilidade no fornecimento de energia.
Sistemas alimentados por fonte chaveada podem
resistir a falhas na rede AC por alguns instantes, sem interromper o
funcionamento do sistema. (e, convenhamos, falhas de rede podem ocorrem a todo
o momento, esteja o sistema operando em uma região inóspita de agricultura,
mineração, construção, extração de petróleo ou mesmo em uma instalação
industrial dotada de ótima infraestrutura).
Nesses casos, as fontes chaveadas protegem a operação e a qualidade da energia fornecida ao sistema, minimizando ou eliminando os problemas de interrupção nas operações industriais, o que não é possível com o uso de fontes lineares – nestas últimas, a falha de rede AC significa a falha do painel.
Nesses casos, as fontes chaveadas protegem a operação e a qualidade da energia fornecida ao sistema, minimizando ou eliminando os problemas de interrupção nas operações industriais, o que não é possível com o uso de fontes lineares – nestas últimas, a falha de rede AC significa a falha do painel.
No fim das contas, qual a melhor
opção?
Escolher a melhor fonte a adotar em um
projeto eletrônico requer, mais do que conhecimento sobre as características de
cada produto, um entendimento sobre as condições de operação e do sistema em
que esse produto será inserido.
As fontes lineares seguem no mercado – e ainda são aplicáveis em projetos mais simples, onde há presença prioritária de equipamentos analógicos e menor demanda de energia (ou seja, onde a perda de energia não gera um grande impacto no custo e desempenho do sistema de automação).
As fontes lineares seguem no mercado – e ainda são aplicáveis em projetos mais simples, onde há presença prioritária de equipamentos analógicos e menor demanda de energia (ou seja, onde a perda de energia não gera um grande impacto no custo e desempenho do sistema de automação).
Mas, dado o contexto industrial atual e o caminho que estamos todos
seguindo rumo a maior presença de tecnologia na indústria. Tudo indica que
as fontes chaveadas serão o novo padrão para os projetos de automação
industrial, e uma escolha segura para que o seu projeto de hoje esteja pronto
para o amanhã. Você só precisa em escolher um modelo de fonte reconhecido
por sua eficiência energética e por qualidade para evitar problemas com ruídos
eletromagnéticos.
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